Premiado no Festival de Veneza, drama italiano que aborda a tragédia da violência doméstica, estreia nos cinemas no dia 6 de fevereiro.

Premiado no Festival de Veneza, drama italiano que aborda a tragédia da violência doméstica, estreia nos cinemas no dia 6 de fevereiro.

Baseado em uma história real, "Família” de Francesco Costabile rendeu o prêmio de Melhor Ator para Francesco Gheghi na Mostra Orizzonti do Festival de Veneza.

Família, é um drama familiar sombrio que aborda a tragédia da violência doméstica em uma pequena cidade italiana. Inspirado no livro de memórias Non sarà sempre così, de Luigi Celeste, o filme retrata os desafios enfrentados por uma mãe e seus filhos em uma luta para romper os ciclos de abuso gerados por um pai violento e opressor. Misturando elementos de melodrama, thriller psicológico e horror, a obra convida o espectador a uma profunda reflexão sobre o impacto da violência testemunhada e as feridas que permanecem.

Dirigido por Francesco Costabile, Família é inspirado em eventos reais e extensas pesquisas realizadas em centros de apoio a vítimas de violência. A história, inclusive, segue à risca o mesmo nome do autor e personagem do filme, Luigi Celeste, numa tentativa de aproximar o máximo possível da história verídica de Celeste. Costabile explica: “Quis transformar essa realidade em uma visão cinematográfica, unificando diferentes gêneros para alcançar um impacto emocional forte”. A trama explora as dinâmicas disfuncionais de uma família à beira da ruptura, destacando as falhas sistêmicas que perpetuam a violência.


Aclamado no Festival de Veneza de 2024, Família conquistou quatro prêmios, incluindo o Orizzonti de Melhor Ator para Francesco Gheghi e o prestigiado Prêmio FEDIC de Melhor Filme. No Brasil, o filme teve sua estreia no Festival do Rio, consolidando seu reconhecimento internacional como uma obra sensível e impactante. O elenco é liderado por Francesco Gheghi, cuja atuação visceral como Gigi lhe rendeu grande aclamação. Ao lado dele, destacam-se nomes como o da premiada atriz Barbara Ronchi, que estrelou o filme O Sequestro do Papa, de Marco Bellochio. Em Família, Ronchi interpreta a mãe de Gigi, vítima de violência física e psicológica do marido. Cada performance contribui para a construção de uma narrativa poderosa e emocionalmente ressonante.

Francesco Costabile, em seu segundo longa-metragem, reforça sua habilidade em explorar temas sociais complexos por meio de narrativas que mesclam realismo e simbolismo. Com uma abordagem cinematográfica comparada à de Michael Haneke, Costabile destaca-se como uma voz singular na análise da violência familiar e suas consequências culturais. “O filme é sobre a violência patriarcal e como ela gera outras formas de violência. É um sistema cultural que perpetua o abuso, tanto físico quanto psicológico, e precisamos quebrá-lo oferecendo suporte institucional e educação”, reflete Costabile.

O projeto também aborda a ressurgência do fascismo na sociedade contemporânea, um tema presente no filme por meio do envolvimento de Gigi com o grupo liderado por Fulvio. “Vivemos em um tempo em que os fascistas estão de volta às ruas e à política. Isso é trágico, porque essa cultura política gera homens raivosos que precisam encontrar um inimigo, seja ele seu vizinho, um homossexual, uma pessoa trans ou um migrante”, é a crítica levantada na obra.

“Uma mise-en-scène de filme de terror que pode fazer os espectadores saltarem da cadeira.”
Cineuropa

“O filme expõe as inadequações do sistema legal em proteger famílias em situações de violência, com um impacto emocional profundo.”
ZIZ News

“Um filme aterrorizante e hipnotizador”
Loud and Clear



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